11/06/2020

Não caia em golpes! Dicas para você fazer uma compra segura no atacado

 

Cuidados nas Compras pelo Whatsapp!

 

Ultimamente tem aumentado muito os casos de golpes em negócios feitos pelo whatsapp, especialmente com clientes revendedores do Brás que estão começando seu negócio de revenda de roupas.

Aproveitando-se da facilidade e confiança que muitos revendedores e lojistas de moda e outros segmentos desenvolvem com seus fornecedores, os malandros se valem da boa fé e fazem suas vítimas.

Pessoas que estão empreendendo e iniciando uma nova atividade profissional, como sacoleiras e novos lojistas revendedores de moda, ficam mais vulneráveis a cair em golpes pois ainda não possui relacionamentos sólidos com os principais fornecedores do Brás e de outros centros atacadistas do país.

Para evitar esta situação injusta e revoltante, relacionamos abaixo algumas dicas de cuidados que você pode tomar para evitar falcatruas e também podem te ajudar a construir um bom relacionamento com um novo parceiro de negócios confiável.

Bons fornecedores são fundamentais para o sucesso do seu negócio.

 

Sinais de alerta para identificar um possível golpista

O vendedor atende muito bem, é solicito, simpático, oferece uma ótima oportunidade e depois que você faz o pagamento, ele some e você fica no prejuízo.

É difícil ter certeza de que a pessoa com a qual você está fechando negócio é um golpista, mas alguns cuidados podem evitar que você tenha prejuízo:

O barato sai caro!

1. Desconfie de ofertas muito baratas, muito vantajosas e muito fáceis de adquirir. Lembre-se de que todo fornecedor tem custos para produzir produtos, seja com empregados, desenvolvimento, matéria prima, impostos e outros gastos e ninguém opera para ter prejuízo.

Então ofertas que soam como “canto da sereia” já são um indicativo de perigo. Tenha em mente a média de valores do mercado para determinados produtos, materiais e segmentos.

2. Sentido de urgência: golpistas podem te induzir a tomar uma decisão com urgência dizendo que o estoque está acabando, que são as últimas peças do lote ou que a oferta vai se encerrar hoje e caso você não deposite vai perder a chance. Não ceda à pressão.

3. Transparência: Um bom negócio é transparente. Então se algo te deixa com a pulga atrás da orelha, tome providências para ter certeza de que vale a pena prosseguir ou descarte a transação.

Outras oportunidades de compra no atacado vão aparecer. Na dúvida, melhor não prosseguir.

4. Ausência de Loja Física: Dê preferência para pessoas que tem loja física. Os idôneos jamais vão se expor e dar golpe na praça.

5. Visite e Siga as Redes Sociais dos fornecedores: Caso esteja em outro estado, verifique o Instagram do vendedor: observe o tempo de conta, quantidade de seguidores, últimos posts e data dos posts mais antigos do feed.

6. Utilize os meios de contato das Redes Sociais como mensagens diretas ou comentários.

Veja os comentários.

Envie uma mensagem direta (direct) para confirmar se está negociando com a mesma pessoa/empresa.

Hoje em dia praticamente todas as empresas e profissionais, principalmente as relacionadas a moda e vestuário, tem um perfil no Insta e fica fácil verificar comentários e tempo de vida do perfil da pessoa ou empresa.

7. Prazo muito extenso para envio dos produtos. Desconfie de pessoas que dão um prazo longo para envio dos produtos. Normalmente quem trabalha com pronta entrega tem as peças para envio imediato ou em poucos dias. Na N.I.N.A. Confecções, por exemplo, efetuamos as postagens em até 3 dias úteis. Se a oferta anunciada é para ser enviada com mais de uma semana, fique atento pois o golpista pode estar ganhando tempo para prejudicar mais pessoas antes de ser denunciado e sumir de vez.

8. Whatsapp: não é por que a pessoa está no whatsapp que é de confiança. Apesar de ser um app de comunicação que revolucionou a interação entre as pessoas e facilitou a forma de fazer negócios, o whatsapp, infelizmente, é um manancial de fakenews e golpistas.

Empresas sérias deixam suas informações transparentes e com fácil acesso.

 

Coisas que se pode fazer para evitar cair no golpe do depósito para pessoas físicas:

1. Cheque a documentação. Peça que o “vendedor” envie uma foto dele(a) segurando um documento de identificação como RG ou habilitação;

2. Peça o endereço físico da loja ou depósito e, se possível, uma foto do comprovante de endereço como contas de água, luz, cabeçalho de extrato bancário. Não tenha vergonha! Lembre-se de que você está prestes a investir seu suado dinheiro então todo cuidado é justo. Se o vendedor estiver  se passando por outra pessoa, provavelmente não terá este comprovante.

3. Referência Bancária: com os dados bancários e CPF do vendedor, ligue para a agência bancária e tente tirar referências como há quanto tempo a pessoa é correntista da agência. É uma prática comum entre empresas para confirmar informações e liberar crédito. Você pode pedir também uma carta de referência bancária que é um documento emitido pelo banco aos clientes que necessitam de referências de idoneidade ou comprovando os dados do correntista. Se preciso ligue para a agência para confirmar a veracidade do documento.

4. Peça indicação de clientes como referência solicitando endereço, nome e contato além do perfil comercial no Instagram ou Facebook para você poder checar.

Como já dissemos acima, peça o perfil de redes sociais das marcas ou dos vendedores e adicione para ver se a pessoa não está se passando por outra.

Se o vendedor for idôneo, fará questão de ter você como seguidor em suas redes sociais, mesmo por que um bom vendedor quer manter seus clientes por perto e muitas vezes utiliza de seu perfil para divulgar seu negócio.

Verifique quantos amigos ele possui, quanto tempo tem o perfil e busque publicações antigas para ver se a conta é recente ou não.

5. Confirme a negociação também através de mensagem direta nos perfis do Instagram e Facebook.

6. Nunca deposite valores na conta de desconhecidos, nunca.

Se for preciso, informe que está se precavendo contra pessoas mal intencionadas. Eles vão entender.

 

Consulta de CPF e CNPJ nos Correios

Nos Correios é possível também fazer a consulta do CPF ou CNPJ da pessoa para análise de crédito.

Este serviço é pago mas, como se trata de seu din din e de um possível novo parceiro de negócios, vale a pena o gasto.

Os valores nesta data (junho de 2020) para consultar pessoas é R$ 16,90 para consulta de CNPJ paga R$ 18,90.

 

Compre com Cartão de CréditoMulher Segurando Cartão de Crédito

Compras com Cartões de Crédito podem ser contestadas e te dão certa garantia de reembolso caso o vendedor não possa comprovar a venda ou a entrega da mercadoria, além de deixar documentado a transação de compra e venda.

Dificilmente golpistas aceitam pagamento com cartão de crédito.

Mas eu tenho restrições de CPF, consigo ter um cartão de crédito?

Sim, consegue. Mesmo com nome negativado há chances de conseguir um cartão de crédito.

Faça uma rápida pesquisa na Internet e vai encontrar várias opções de empresas que emitem cartão de crédito para quem tem nome no SERASA ou SPC como o Banco Inter e o Banco Pan, por exemplo.

 

Fique ligada e troque informações nas Redes Sociais

Acompanhe grupos e comunidades de compra e venda no Facebook, dentro do seu segmento, para manter-se atualizada sobre golpes, fraudes e golpistas da praça. As pessoas tem divulgado golpistas e se ajudado bastante.

 

Portal do Tribunal de Justiça

Não aceite apelidos. Peça o nome completo do vendedor. Faça uma pesquisa com o nome da pessoa no Google. O Google traz resultados de processos que você pode consultar, onde constam inclusive o documento de identificação da pessoa (RG).

No Portal do Tribunal de Justiça, http://www.tjsp.jus.br/ - no menu "Consulta de Processos" localizado no canto superior direito da página se estiver com o número do processo.

A pesquisa também pode ser feita pelo número do processo ou pelo nome das partes no segmento “Cidadão”, link "Consulta de Processos".

Com esses dados nas mãos, caso acabe sendo enganado, você tem vários elementos para abrir um BO na delegacia e acabar com a graça do golpista e ainda ajuda a tirá-lo de circulação.

 

O que fazer caso eu for vítima de crime virtual?

A sugestão que é passada por autoridades, até para que a polícia possa ter o conhecimento real sobre esse tipo de crime, é de que a vítima possa levar todas informações possíveis como prints, endereços e comprovantes de pagamento até a Delegacia de Polícia mais próxima e efetuar o registro de ocorrência.

A FEBRABAN estabelece orientação às instituições bancárias para que "sugiram" aos clientes o registro do fato, no entanto não estabelecem "a obrigatoriedade", o que acaba ocasionando uma sub-notificação dessa espécie delitiva, ou seja, uma baixa comunicação desses fatos à polícia.

Guarde e imprima todos os dados para levar ao fazer um registro de ocorrência.

Também, além de procurar a Polícia Civil para um registro, procurar um advogado para tentar reaver os valores. A polícia não trabalha para restituir valores, mas sim para investigar o crime.

 
Resumo: O que posso fazer para me prevenir de golpes virtuais?

- Estar atento e pesquisar bastante antes de adquirir algo pela web.

- Comprar por sites conhecidos e bem avaliados.

- Pesquisar também em sites de reclamação de serviços na web como o Reclame Aqui, por exemplo.

- Cuidado com ofertas vindas por e-mail, exceto aquelas referentes a sites em que houve um cadastro prévio e que o usuário já tenha confiança.

- Dê preferência para pagar com cartão de crédito até você adquirir confiança no fornecedor.

 

Veja também: 9 FORNECEDORES DO BRÁS EM QUEM VOCÊ PODE CONFIAR

 

Créditos

Imagens: Freepik

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